Sentir tontura é normal? Normal, não. Comum, sim e
muito !!
Antes de continuarmos, vamos falar sobre a
terminologia LABIRINTITE.
Ela "deixa" de ser uma doença quando o termo é aplicado
de maneira generalizada. Ou seja, quando é classificada para toda e qualquer
forma de tontura, independente de saber o porquê da sua manifestação. Vale ressaltar que
esta hipótese é apenas uma das mais diversificadas Labirintopatias.
A Labirintopatia é uma alteração que ocorre dentro da orelha na sua porção mais interna. Láááá dentro do ouvido, como já explicado nas postagens anteriores.
Por ser muito comum ouvirmos esta queixa na prática clínica,
abordamos o assunto a fim de esclarecer que não é porque o indivíduo sente
tontura significa que tem Labirintite, bem como nem toda tontura é necessariamente uma vertigem.
A partir dos apontamentos acima, daremos início
ao que de fato encontramos de mais comum nos atendimentos destes pacientes. Agora sim, mãos à obra:
É extremamente importante destacar que muitas vezes o termo "LABIRINTITE" é usado para designar todas as doenças do labirinto (localizado na orelha interna) e é disto que estamos falando!! A Labirintite propriamente dita é uma enfermidade de rara ocorrência, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto e esta sim, é uma "doença".
A tão famosa tontura, segundo estudos realizados, vem ocupando o pódio ...
... na classificação de sintomas
mais frequentes que o paciente relata.
Chegando em terceiro lugar em
consultórios e ambulatórios médicos como a queixa mais referida pelos idosos. É, além de tudo, um sintoma que pode ser apresentado em todas as idades, inclusive na
infância (como andar ou viajar em veículos, por ex.).
Recentemente, foi publicado um artigo
onde aponta que Labirintopatias (distúrbios de labirinto) podem ser desencadeados por mais de
300 fatores que partem desde má alimentação e alterações emocionais à alterações metabólicas, cardiovasculares, visuais, auditivas, drogas, medicações ototóxicas, alterações virais ou de vias aéreas, de coluna cervical e assim por diante.
Em todos os casos, o chegam mensagens conflitantes ao cérebro sobre a posição da cabeça no
espaço, e a consequência é a perda do equilíbrio corporal.
Basta um déficit de suplementação de nutrientes e oxigênio que acontecem nas células do
labirinto - anatomia em posts anteriores aqui neste blog - para dificultar o registro de informações corretas no cérebro.
TONTURA. O QUE É?
A tontura
é a sensação de perturbação do equilíbrio corporal. Cerca de 85% dos pacientes com tontura têm um distúrbio do sistema vestibular periférico (labirinto e/ou
VIII nervo) ou central (núcleos, vias e inter-relações vestibulares no sistema
nervoso central), segundo Dr. Maurício Ganança et col.
Considerando-se como uma "desordem de
equilíbrio", pode ser manifestada de diversas formas e estar relacionada à
doenças. O sintoma pode surgir de forma isolada ou associado `a alguma
outra sensação desconfortável ou até outra enfermidade que pode vir se
apresentando como espécie de "alerta" de que algo no nosso organismo
não está devidamente normal.
Notamos na prática clínica que a
tontura é manifestada de diferentes formas e situações, podendo durar segundos,
minutos, horas ou dias. Pode também surgir de repente, uma única vez ou em
espaçados períodos de tempo (intervalos inter-crises) e, para dar uma
apimentada, vem concomitante, ou não, a outros sintomas.
Alguns sinais que indicam esta disfunção de ouvido interno
estão em destaque:
- vertigem (caracterizada como tontura
rotatória);
- tontura de caráter não rotatório;
- zumbido;
- perda de audição;
- sensação de ouvido tampado (como
estivesse descendo a serra);
- sensações de corpo flutuando;
- sensação de estar "pisando em
ovos";
- quedas para os lados, para trás ou para
frente;
- náuseas e/ou tontura do movimento - a
famosa sensação de tontura e mal estar em viagens ou
em situações em que encontra-se dentro de um veículo - mais comum ao estar no banco
do passageiro ainda mais na acomodação do banco de trás!!!;
- ao ver "pontos brilhantes" ou
"borboletas pretinhas voando" (as famosas "moscas
volantes");
- desequilíbrio;
- desvio de marcha;
- tontura ao levantar-se da cama ou ao virar-se
para um dos lados;
- entre outros.
Após identificada a causa destes sintomas e o tipo de disfunção (periférica ou central) através de uma criteriosa avaliação
clínica (desde história clínica a exames como o Otoneurológico) o medico especializado saberá direcionar quando se deve ou não realizar a REABILITAÇÃO LABIRÍNTICA.
A Reabilitação Labiríntica (ou
Vestibular) vem ganhando em destaque entre um dos principais aliados no auxílio ao tratamento de Labirintopatias. .
Sua indicação tem tornado-se cada vez mais frequente dentro de ambulatórios de hospitais e clínicas medicas e de fonoaudiologia como tratamento eficaz e fundamental no sucesso da diminuição de um ou mais sintomas que atrapalham o equilíbrio corporal e que interferem no dia a dia do indivíduo que apresenta este desconforto.
Algumas das principais recomendações
para esta reabilitação são casos de Vertigem
Postural Paroxística "Benigna" - VPPB (tontura apresentada em
determinadas mudanças de posição do corpo ou da cabeça) e de Cinetose (o "mal do movimento" é a tontura
gerada ao andar em carros, barcos, viagens de avião e demais meios de
transporte ou ver "metrô" passando quando está com seu corpo parado).
Com uma minuciosa avaliação certamente
o indivíduo se beneficiará desta abordagem de tratamento.
O QUÊ FAZER DIANTE UM EPISÓDIO DE
TONTURA?
A dica diante de uma crise ou
um episódio isolado de tontura, é que fixe os olhos num ponto parado para que
estabilize seu corpo. E, assim que possível, procure um médico especialista
e o mesmo conduzirá o caso para uma fonoaudióloga apta a realizar
Manobras de Posição ou outras abordagens terapêuticas.
GRAVURA
CRÉDITO
Nome: Sally
from
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